Apresentação
Exposição "30 anos da Editora da UFBA"

30 anos de Edufba. A história da editora começou antes mesmo de seu nascimento. Desde 1957, a universidade já fazia as suas publicações, mas foi em setembro de 1993 que a UFBA passou a ter um recanto para suas produções. De lá para cá, a editora abriu as portas para inúmeros títulos que surgiram a partir de parcerias, trocas e vivências dentro e fora da universidade.

Durante seus 30 anos de existência, a editora não poderia representar mais a sua comunidade. Diversa, inspiradora, comprometida com o conhecimento e inovação. Essa busca pela melhora fez com que, durante as três décadas, a editora se tornasse referência para a pesquisa, público e autores(as), com dezenas de prêmios, em diversas publicações.

É essa força que está representada nesta exposição. 30 anos de história, dedicação e conhecimento. 30 anos de Edufba são 30 anos de amor. Adentrem nossa memória, mergulhem nas centenas de produções durante as décadas e se apaixonem como nós pela propagação do saber.

Autores falam sobre a importância histórica da Edufba

No mês em que a Editora da Universidade Federal da UFBA (Edufba) completa 30 anos, compartilhamos depoimentos de alguns autores e autoras sobre o trabalho desenvolvido pela mesma. Leia abaixo.

Ana Célia

Edufba, 30 anos. Parece que foi ontem, em 1995, que o professor Júlio Braga apresentou o meu primeiro livro, “A Discriminação do Negro no Livro DIdático”, que havia sido revisto pelo professor João Reis, grande amigo do meu irmão Jonathas. Esse livro foi muito bem recebido, o lançamento foi uma festa. Cento e cinquenta exemplares foram vendidos, e se formou uma fila em frente ao Seal, que era no Terreiro de Jesus, esperando mais livros. Para nós, e especificamente para mim, a Editora tem uma importância fundamental, porque ela divulga os trabalhos de quem não poderia divulgar por meio de outras editoras. Esse trabalho é reconhecido e respeitado, expandido: eu já estou na terceira edição do meu primeiro livro, publiquei o segundo (“Desconstruindo a discriminacao do negro no livro didatico”), minha tese de doutorado (“A Representação Social do Negro no Livro Didático: o que mudou? Por que mudou?”). Publiquei a minha biografia literária, que foi toda produzida ali e apenas imprimida e divulgada pela Editora Etera, através do trabalho da professora Flávia Rosa, uma grande amiga e grande militante a quem agradeço muito. Vida longa para a Edufba, para todas, todos e todes que fazem parte dessa Editora competente e maravilhosa que nos dá a oportunidade de ser e aparecer. Axé!

Hélio Messeder 

O trabalho da Edufba tem sido de excelência e apresenta um trabalho importante por se colocar  a favor de divulgar o conhecimento científico e artístico em tempos tão difíceis como esses que vivemos. Preciso destacar o cuidado que essa Editora tem com os autores; sua excelente qualidade gráfica, seu cuidado editorial e sua disponibilidade de diálogo fazem a Edufba produzir livros que são diferenciados em termos de forma e conteúdo. Me honra muito ter livros publicados pela Edufba e desejo vida longa para essa Editora que vem enfrentando, com a cabeça erguida, os desafios de um mundo em que produzir e divulgar conhecimento com paciência, consistência e qualidade é algo raro, mas extremamente necessário.
Hélio Messeder Neto - Educador popular e professor de química da UFBA

Jairnilson Paim

Tenho alguns livros publicados pela Edufba, sendo que o primeiro foi editado ainda no Centro Editorial e Didático da UFBA, em 1986. Na época, conheci Flávia Goulart Mota Garcia Rosa, como Chefe do Núcleo de Recursos Didáticos, e já me impressionava a atenção e o interesse pela produção acadêmica.
Depois, publiquei outros com Flávia já como Diretora da Edufba e me impressionava a sua liderança e o espírito de equipe que imprimia junto a revisores, pessoal de criação, secretárias e todas as pessoas da Editora e das livrarias.
Mais recentemente, como coordenador do Observatório de Análise Política em Saúde, apoiado pelo CNPq, publicamos livros de jovens pesquisadores do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA e de colegas integrantes dessa rede de pesquisa. Renovei o nosso diálogo com muitas dessas pessoas da equipe e tenho a maior admiração pelo trabalho desenvolvido nesses 30 anos da Edufba.
Jairnilson Silva Paim - Professor Emérito da UFBA

João Reis

A Edufba é um exemplo de editora universitária bem sucedida no Brasil. Atuando nas mais diversas frentes disciplinares, gostaria de destacar suas publicações na área das humanidades, publicando pesquisadores experientes, mas também os jovens autores de teses e dissertações, da própria UFBA e de outras instituições, muitas delas esgotadas devido ao sucesso que alcançaram. E livros cujo material gráfico foi sendo aperfeiçoado ao longo do tempo e hoje não perdem para aqueles produzidos pelas grandes editoras comerciais. Para que tudo isso acontecesse, não podemos esquecer do papel fundamental de sua diretora durante muitos anos, Flávia Garcia Rosa, que levantou a Editora a seu atual patamar, ela e sua competente equipe. Parabéns à Edufba pelo aniversário de 30 anos!

José Amarante

A Editora de nossa Universidade se desenvolveu no momento em que se incrementaram as publicações acadêmicas em nosso país, e – como um reflexo de uma instituição antenada com as demandas de seu tempo – a Edufba soube proporcionar a divulgação de importantes trabalhos e soube também estruturar um conjunto de ações que culminou com o Repositório Institucional, talvez um dos mais significativos empreendimentos editoriais de sua gestão, contribuindo para o compartilhamento de saberes e para a democratização do conhecimento. Ao longo desses anos, pude acompanhar de perto o seu desenvolvimento e atestar o rigor com que conduz sua produção, de modo que, como autor de alguns volumes, me sinto orgulhoso por fazer parte dessa história e feliz por ver novos e promissores anos à frente.
José Amarante - Professor, contista e sócio-fundador da Associação Brasileira de Professores de Latim

Ladjane Sousa

A Edufba é muito cara a toda a Bahia e ao Brasil. Comemorar 30 anos de existência e reconhecer que as primeiras ações que proporcionaram o surgimento da Editora ocorreram no final da década de 1950 me fazem pensar nas travessias; imagino os desafios, os limites, mas também as possibilidades, os caminhos percorridos. Inclino-me ao sentimento de gratidão às tantas mulheres e homens que, pertencente a uma sociedade de matriz colonial cisgênero patriarcal, construíram um projeto de liberdade a partir da palavra escrita, ao promover e difundir produções científicas da comunidade acadêmica, e, também,  ao se comprometerem com os docentes da Educação Básica, muitas de nós, professoras da infância, encontramos nessa instituição oportunidade de esperançar nossas práticas, segredando nos livros pela Edufba publicados, a vida cotidiana, suas complexidades e outras pedagogias, como o fizemos junto às narrativas Rainhas, Reis, Mães de Luza e Gordinhas. Sonho para a Edufba outras décadas, centenários e novas tecituras em palavras.
Ladjane Alves Sousa

Luís Guilherme

Quão entusiasmante era visitar o stand das editoras universitárias e encontrar a Editora da Universidade Federal da Bahia (Edufba) nas bienais de São Paulo e Rio de Janeiro. Ali se colhia o resultado do esforço da equipe capitaneada pela professora Flávia Garcia Rosa e isso se refletiria na colaboração dela, inclusive como presidente, à Associação Brasileira de Editoras Universitárias (Abeu). Louvo o esforço e louvo a perspectiva que se abre com a sucessão dela pela professora Susane Barros, que viu de perto a trajetória destemida da colega e que tem substância e sentimento para ir muito além.

Quero registrar que o Centro Editorial e Didático da UFBA da década de 1990, depois transformado em Editora Universitária, foi a instituição que mais prestigiou e absorveu do esforço empreendido pelo Instituto Baiano do Livro (IBL), na década citada, que, nos quatro ou cinco encontros estaduais, como convidados de outros estados, contribuiu de modo decisivo para o ingresso da editoração eletrônica e a profissionalização do trato com o impresso.
O livro com o carimbo da Edufba é bem-feito na forma e no conteúdo. Saúdo a adoção das novas tecnologias e a produção dos e-book que elas proporcionaram, assim como a revolucionária adoção do Repositório Institucional como destino das publicações da Editora e a consequente democratização do conhecimento.
Luis Guilherme Pontes Tavares - Jornalista, produtor editorial e professor

Márcia Tavares

Tenho publicado livros na Edufba por saber do cuidado com que esquadrinha nossos textos, que passam tanto por uma revisão como avaliação ad hoc de estudiosos do tema, a equipe discute conosco ideias para a feitura da capa, mantendo-nos informadas sobre cada etapa do processo, oferecendo-nos segurança quanto ao resultado da edição final. Para mim, ter um livro publicado pela Edufba consiste no reconhecimento do meu trabalho de pesquisadora e um crivo para os leitores de que aquela é uma produção de qualidade.

Marcio Luis

Ao celebrar três décadas da Edufba é importante salientar sua relevância e simbolismo. Numericamente, trinta representa amadurecimento, que coaduna com os objetivos estabelecidos de estimular o hábito de leitura e de propagar conhecimentos, saberes e práticas, além de promover e divulgar estudos da Universidade, contribuindo para a difusão do conhecimento com trabalhos originais, em atendimento às demandas da sociedade. Após centenas e centenas de livros publicados em diversas áreas, sobre grandes e diversificados temas, a Editora permite ainda a aquisição digital de muitos deles de modo gratuito por meio do Repositório Institucional da UFBA. Que a Edufba continue a semear conhecimento em corações e mentes, conforme sua identidade visual, cumprindo literalmente com o seu papel institucional.

Nelson​ Pretto

Tenho a Edufba como minha editora predileta desde muito tempo. Não é só pelo fato de ser um professor da UFBA e ter livros do nosso grupo de pesquisa e meus por ela publicados que a admiro. O que me encanta na Edufba é o trabalho duro que uma equipe tão pequena faz para produzir tanto e de tão grande qualidade. Mais do que tudo, desempenha um importante papel ao se integrar com entusiasmo ao movimento de Acesso Aberto, colocando seus livros disponíveis de maneira aberta através do Repositório Institucional da UFBA. Cumpre, dessa forma, um significativo papel na democratização do conhecimento. Viva os 30 anos da Edufba.
Nelson Pretto - Professor titular (e ativista) da Faculdade de Educação da UFBA