Ao recuperar a teorização estetizante/estetizada de Glissant, articulada às propostas políticas de Mbembe, desde os horizontes da filosofia da ancestralidade, aqui desdobrada em deriva – para problematizar as relações entre estética, ética e política no contexto da violência racista advinda e geradora do poder de matar e da prática de resistência do recusar-se a morrer –, Filopoética afrodiaspórica, oferece potentes reflexões para o cenário latino- -americano de produção de categorias e de crítica afrorreferenciadas, no qual o primor analítico, epistemológico e estético traz ferramentas importantes para a reflexão filosófica contemporânea. A articulação da impressionante miríade de pensadoras e pensadores que toma assento na grande conversa proposta pelo livro nos provoca múltiplas e instigantes questões.

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