Em “Mal ou bem procedidas” a partir da análise de documentos, como registros da câmara municipal, jornais e processos crimes, Karine Damasceno disponibilizou para suas leitoras e leitores aspectos da vida de mulheres pobres, trabalhadoras e negras de Feira de Santana nas primeiras décadas da República e do Pós-Abolição. Ao longo dos três capítulos que compõem a obra, é possível constatar que as mulheres pesquisadas eram alvos preferenciais das autoridades locais e, ainda que, na maior parte das vezes, aparecessem nos processos na posição de vítimas de alguma violência praticada por um homem de seu círculo de relações elas eram menos ouvidas pela justiça.