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Lançamento Coletivo reuniu mais de 100 pessoas no auditório da Facom

Além de professores, servidores e alunos, o evento contou com a presença da vice-prefeita, Célia Sacramento

Por Camila Fiuza

                    Nessa terça-feira (17), aconteceu o último Lançamento Coletivo da Editora da Universidade Federal da Bahia, no auditório da Faculdade de Comunicação da UFBA. Foram publicados onze livros: A liberdade que veio do ofício: práticas sociais e cultura dos artífices na Bahia do século XIX (Coleção Temas Afro), de Lysie dos Reis Oliveira; Abertura para outra cena: o moderno teatro na Bahia (2ª edição), autoria de Raimundo Matos de Leão; Arquivos, bibliotecas e museus: realidades de Portugal e Brasil, organizado por Zeny Duarte; Camelôs globais ou de tecnologia: novos proletários da acumulação, do autor Bruno Durães; Do desenho das belas letras à livre expressão no desenho da escrita, organizado por Gláucia Maria Costa Trinchão; Família, natureza e cultura: cenários de uma transição, organizado por Miriã Alves Ramos de Alcântara, Elaine Pedreira Robinovich e Giancarlo Petrini; Mulher negra: afetividade e solidão, autoria de Ana Cláudia Lemos Pacheco; O Caminho para Meca de Athol Fugard; O encontro e a troca: ensaios de antropologias do aprender e genealogias do conviver, de Álamo Pimentel; Política, instituições e personagens da Bahia (1850 – 1930), organizado por Jeferson Bacelar e Cláudio Pereira; e Representações sociais e educação: letras imagéticas, organizado por Maria de Lourdes Soares Ornellas. O evento contou com as apresentações do violonista Ricardo Arôxa e do grupo Canto e Danço.

Apresentação do grupo Canto e Danço

Marcado por homenagens e momentos de descontração, o evento contou com a presença da vice-prefeita da capital baiana, Célia Sacramento e reuniu mais de 100 pessoas. A professora Marlene Moreira elogiou o evento e contou que foi ao evento especialmente para prestigiar o lançamento do livro Mulher negra: afetividade e solidão de autoria de Ana Cláudia Lemos Pacheco: “Que a Edufba continue incentivando as escritoras negras. Fiquei muito feliz com esse lançamento da Ana Cláudia Pacheco e além de poder conhecer as outras obras, vim especialmente para prestigiá-la pois conheço a sua história e luta”. Para Marlene, que sempre participa dos Lançamentos Coletivos da Edufba, o evento dá visibilidade a vários autores, e essa coletividade é importante: “é bom saber que a Edufba lança livros no âmbito da coletividade”, frisou.

 

Célia Sacramento, vice-prefeita de Salvador compareceu ao evento

A abertura do sexto Lançamento Coletivo de 2013 aconteceu às 17h30 e foi mediada pela Diretora da Edufba, Flávia Rosa. Após um breve pronunciamento, Flávia convidou os autores e organizadores para comporem a mesa. Os convidados apresentaram suas respectivas obras. Em um momento de descontração, ao falar sobre o seu livro, Zeny Duarte, que já publicou quatro obras em parceria com a Edufba, brincou com a plateia: “Este ano estou completando 20 anos de carreira assim como a cantora Ivete Sangalo”. Na ocasião, os convidados participaram de uma sessão de autógrafos.

A professora Marlene Moreira elogiou o evento

Para a autora Gláucia Trinchão, o lançamento coletivo é importante, pois acontece a troca de informações e experiências: “Participar do lançamento é bom, pois divulgamos o nosso material, mas Coletivo é melhor ainda, pois trocamos experiências e conhecemos as obras de outros colegas e o que estão produzindo”.

Durante o Lançamento, Flávia Rosa falou sobre o Repositório Institucional da UFBA e sobre a sua importância para a democratização e difusão do conhecimento e homenageou os autores das 10 obras mais acessadas. O 1º lugar, com 30 mil acessos, foi do livro Educação inclusiva, deficiência e contexto social: questões contemporâneas, organizado por Félix Diaz, Miguel Bordas, Nelma Galvão e Theresinha Miranda.

Autores e organizadores apresentam seus respectivos livros

Flávia ressalta que o evento contou com a colaboração de toda a equipe pois envolve desde o processo editorial que precisa ser concluído no prazo,  bem como, a organização do evento propriamente dito: definição de espaço físico, contato com autores, definição de atrações artísticas e o detalhamento e roteiro do evento. “Para a Editora da UFBA, os lançamentos coletivos são sempre momentos de celebração e de divulgação da produção de seus autores, sendo este o último coletivo do ano, é bastante significativo, encerramos 2013 com uma produção de qualidade, contemplando as mais diversas áreas do conhecimento e demonstrando mais uma vez que a EDUFBA a cada ano, busca a profissionalização de suas atividades e a consolidação da sua equipe, em torno de um objetivo comum, transformar o anseio de nossos autores em realidade” encerrou Flávia Rosa.

 

Os livros estavam disponíveis com preço especial de lançamento: de R$25 a R$45

 

Saiba mais sobre os livros que integraram o Lançamento:

 

Camelôs globais ou de tecnologia: novos proletários da acumulação

Bruno Durães

Nesta obra, o autor debate o conceito de informalidade que engloba os vendedores de rua (“camelôs”). A pesquisa nela apresentada foi realizada no Camelódromo da Rua Uruguaiana, na cidade do Rio de Janeiro, onde teve acesso aos trabalhadores a que ele denominou de “camelôs tecnológicos” ou “camelôs globais”, que vendem produtos tecnológicos nas ruas, falsificados ou não, produzidos em grandes empresas globalizadas. Na obra também são destacadas a ausência de direitos, de proteção social e a constante insegurança que permeia esses trabalhadores.

 

Família, natureza e cultura: cenários de uma transição

Miriã Alves Ramos de Alcântara, Elaine Pedreira Robinovich, Giancarlo Petrini (Org.)

A organização familiar é uma manifestação exclusiva da cultura. A obra analisa o fundamento das transformações na estrutura familiar contemporânea, no que tange à constituição de seus membros e dos vínculos que são tecidos em seu interior. A problemática relativa à família atual apresenta o cenário que requer dos estudiosos das ciências humanas e sociais aplicadas uma minuciosa observação sobre esse conjunto de mudanças, considerando as dimensões naturais e culturais da família.

 

O encontro e a troca: ensaios de antropologias do aprender e genealogias do conviver

Álamo Pimentel

Aprender é uma construção recíproca e diversificada dos estados de relações sociais que estabelecemos uns com os outros. O autor buscou mostrar, neste livro, que a condição humana de “aprendência” gera diferentes formas de convivência social. Tentou também traçar esboços teóricos e empíricos, nos quais aponta as antropologias do aprender articuladas a genealogias do conviver, a título de alçar outras compreensões sobre os processos educacionais na contemporaneidade.

 

A liberdade que veio do ofício: práticas sociais e cultura dos artífices na Bahia do século XIX (Coleção Temas Afro)

Lysie dos Reis Oliveira

Propondo-se a “estudar o sujeito que pratica arquitetura em todas as suas dimensões”, a autora traça os diferentes caminhos que os artífices baianos percorreram no século XIX. Partindo da diferenciação entre o trabalho do artífice e dos outros oficiais da construção civil, a autora remonta à vinda dos portugueses – e dos primeiros operários – para discutir o panorama histórico da profissão no país.

 

Do desenho das belas letras à livre expressão no desenho da escrita

Cláudia Maria Costa Trinchão (Org.)

Socializando o saber em Desenho e entendendo-o como campo de conhecimento artístico, científico, técnico e cultural, o livro, que é o primeiro volume da coleção Estudos interdisciplinares em desenho, visa dar um panorama do papel do Desenho na educação do olho, da mão e da mente para o traçado das Belas Letras e a representação livre da escrita. Além disso, convida o leitor a perceber os caminhos percorridos pelo Desenho de Letras, e entender a evolução desta prática através das narrativas interdisciplinares.

 

Mulher negra: afetividade e solidão

Ana Cláudia Lemos Pacheco

O livro é inspirado na mulher negra e mestiça que estaria fora do “mercado afetivo” e naturalizada no “mercado do sexo”, da erotização, do trabalho doméstico, feminilizado e “escravizado”; em contraposição, as mulheres brancas seriam, nessas elaborações, pertencentes “à cultura do afetivo”, do casamento, da união estável. Ele procura entender a “solidão” de dois conjuntos de mulheres negras, a partir da relação raça e gênero, o que não significa estudá-la de forma fixa ou isolada de outros marcadores sociais.

 

Abertura para outra cena: o moderno teatro na Bahia (2ª edição)

Raimundo Matos de Leão

Originado da dissertação de mestrado do autor, apresentada no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UFBA, o livro tem como principal objetivo conhecer os caminhos e descaminhos da história do teatro na Bahia, observando-a sob novos ângulos, preenchendo as lacunas existentes e contribuindo, dessa forma, com estudos futuros sobre a temática. Ao longo dos seus capítulos são tratados temas como a modernização do teatro na Europa e no Brasil; a criação da Escola de Teatro da UFBA e, posteriormente, o seu declínio entre 1961 e 1966; os grupos que surgiram na cena teatral soteropolitana após o processo de modernização do teatro na Bahia, entre outros.

 

Política, instituições e personagens da Bahia (1850 – 1930)

Jeferson Bacelar e Cláudio Pereira (Org.)

A coletânea conta com a participação de antropólogos, historiadores e um sociólogo. Expondo a realidade vivenciada pelos africanos, crioulos e seus descendentes desde a chegada à República em 1850 até a década de 1930, o livro objetiva mostrar que os indivíduos constroem diferenças a partir de contextos. O livro também apresenta uma história intrigante de confronto de identidades étnicas e raciais, que muito revela da complexidade da situação baiana.

 

O Caminho para Meca

Athol Fugard

A obra, confeccionada como livro roteiro com três personagens, traz uma história de uma artista plástica que não era muito bem compreendida por sua arte. Depois da morte do marido, ela começou a construir no jardim a sua “meca” pessoal, com esculturas abominadas pelo resto do povoado, mas que, para ela, representavam a liberdade.

 

Arquivos, bibliotecas e museus: realidades de Portugal e Brasil

Zeny Duarte (Org.)

O livro está dividido em duas partes, a primeira parte é composta por textos das conferências do Encontro de arquivos, bibliotecas e museus à luz da era pós-custodial: realidades de Portugal e do Brasil (Encontro ABM 2011). A segunda parte apresenta contribuições de discentes e docentes do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UFBA em textos relacionados com a temática do Encontro ABM 2011.

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