O Dia do Bibliotecário(a) é comemorado em território nacional no dia 12 de março. Esta data marca o aniversário de Manuel Bastos Tigre, que foi considerado o primeiro bibliotecário concursado do Brasil e quem se tornou diretor da Biblioteca Central da Universidade do Brasil. Em homenagem ao dia em que se celebra este profissional, a Edufba realizou uma entrevista com a nossa bibliotecária, Vilma Gravatá da Conceição, que trabalha com a normalização dos livros.

Vilma se formou em Biblioteconomia e Documentação pela Universidade Federal da Bahia – UFBA em 2007 e cursou o Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UFBA, de 2009 a 2011. A bibliotecária de 32 anos trabalhou por quase um ano na Biblioteca Pública Estado da Bahia, nos Barris e desde fevereiro de 2015 trabalha no setor de Preparação de Texto da Editora da UFBA – Edufba.

Você trabalha em uma editora de livros que tem a particularidade de ser uma editora universitária. Em sua opinião, qual a importância da atuação do bibliotecário(a) no contexto acadêmico?

Eu acredito que a profissão do bibliotecário é importante no ambiente acadêmico, principalmente, no sentido de divulgar e disseminar a produção acadêmica, orientando os estudantes no sentido da pesquisa e elaboração de trabalho acadêmico. Nós também fazemos orientações sobre as normalizações, então eu acredito que é fundamental o papel do bibliotecário no auxílio da divulgação e disseminação da informação acadêmica, notadamente das produções dos estudantes, pesquisadores e professores.

E quanto à importância do bibliotecário no contexto do mercado editorial?

A atuação do profissional bibliotecário é importante no ambiente editorial, porque nós contribuímos com a padronização – através das normas [ABNT] – e é fundamental que o livro receba de antemão essa orientação e aplicabilidade das normas, até para que a sua apresentação seja interessante e convidativa para o leitor. Eu trabalho na orientação das equipes de normalização e revisão para que as coisas se organizem da melhor forma possível. Algumas pessoas não conseguem visualizar direito “onde” o bibliotecário trabalha, talvez até por falta de conhecimento da profissão, mas nós atuamos em diversos ambientes como museus, centros de documentação, bibliotecas e, é claro, editoras.

Qual a importância da tecnologia e dos avanços tecnológicos você observa na sua profissão?

Meu trabalho de monografia e, posteriormente, de mestrado tratou da educação continuada do profissional de biblioteconomia, então eu considero muito importante a atualização do profissional para que este se insira no mercado e cumpra sua função da forma mais adequada e coerente. Nós temos que estar sempre nos atualizando e buscando informação. A gente percebe que os avanços tecnológicos acontecem de forma muito acelerada, então nós precisamos estar sempre buscando acompanhar o novo contexto.

Desde que você começou a trabalhar na área, nove anos atrás, você observou muitas mudanças nas tecnologias que habilitam a atuação no bibliotecário(a)?

As mudanças a gente sente sim, por exemplo, alguns programas de busca, alguns softwares de biblioteca estão sempre mudando, os programadores estão sempre atualizando, inserindo ferramentas novas. Então, de novo, nós sempre temos que estar nos atualizando, estar lendo sobre o assunto, porque realmente as coisas mudam. Mudança houve sim, não diria que de forma drástica, mas com certeza houve: existem programas novos, ferramentas novas que precisamos aprender a usar no nosso ambiente de trabalho.