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"Jornalismo de campanha e a Constituição de 1988" e "Imprensa e Poder - Ligações perigosas", de Emiliano José (28/01/2011)

Em novo livro, Emiliano revela papel da mídia no projeto neoliberal O jornalista, professor e agora deputado federal Emiliano José (PT) lança, no próximo dia 28 de janeiro, na Livraria Cultura (Shopping Salvador), seu novo livro intitulado Jornalismo de campanha e a Constituição de 1988. A obra é baseada em sua tese de doutorado defendida na Faculdade de Comunicação da UFBA. O autor pesquisou o discurso da mídia na década de 1988 a 1998 e mostra como a imprensa mergulhou de cabeça na desconstrução da Constituição de 1988 e na implantação do projeto neoliberal no Brasil. O "jornalismo de campanha" definido por Emiliano José começa na Era Collor, assume a ideologia neoliberal, faz lobby por reformas antissociais, demoniza as empresas estatais, santifica as privatizações, constrói um contexto-catástrofe, defende o desmantelamento da Previdência, a extinção de direitos trabalhistas, o enterro do nacional-desenvolvimentismo, o primado do deus-mercado, o estado mínimo - a tal ponto que prevalece o pensamento único, inclusive com perversão da linguagem: antirreforma passa a ser reforma, privatizar é modernizar, estatizar é atraso, demitir é enxugar, Previdência é "terrível monstro". Jornalismo de campanha e a Constituição de 1988, editado pela Edufba em parceria com a Assembleia Legislativa da Bahia, tem prefácio do professor doutor Albino Rubim. Segundo ele, "Emiliano resgata criticamente a atuação perversa da imprensa, como agente de primeira hora e linha, no embate que fez prevalecer a ideologia neoliberal do Brasil, tomada como ideário imprescindível para a modernização e inserção do país no novo mundo globalizado". Ligações Perigosas A obra de Emiliano José guarda total coerência com outro estudo anterior, publicado em 1996 e fruto de sua tese de Mestrado, com o título Imprensa e Poder - Ligações perigosas, em que analisa a CPI do PC Farias, do Collor e do Orçamento. Neste mesmo dia (28), Emiliano José lança também a 2ª edição de Imprensa e Poder. Nesta obra ele critica a complacência do jornalismo brasileiro e celebra o episódio de jornalismo investigativo que redundou no impeachment de Collor, com depoimentos de protagonistas como Clóvis Rossi, Bob Fernandes, Gilberto Dimenstein e do jornalista e marqueteiro João Santana. Com relação ao jornalismo Emiliano José é pessimista: "Não carrego ilusões (...) estamos em tempos de monopólio (...) na era dos Murdoch, Marinho, Berlusconi. São eles que dão o tom". Isso dito em 1995. Agora, em 2011, ele reafirma: "A imprensa tem escolhas, tem lado, programa político. Apoiou FHC e combateu Lula. As oligarquias midiáticas não aceitam redistribuição de renda". Sem perder a esperança, Emiliano mantém a expectativa de mudanças no jornalismo, "que deve ter a ética do cidadão, não mentir, não inventar, não produzir matérias à base do teste de hipóteses".

SERVIÇO:

O quê: Lançamento dos livros "Jornalismo de campanha e a Constituição de 1988" e "Imprensa e Poder - Ligações perigosas”

Quando: 28 de janeiro de 2011, a partir das 18h30 às 22h.

Onde: Livraria Cultura - Salvador Shopping, 2 piso

Informações técnicas:

Jornalismo de Campanha

ISBN: 978-85-232-0685-7

Número de páginas: 356

Formato: 17 x 24 cm

Ano: 2010

Preço do Livro: R$ 38,00

Imprensa e Poder

ISBN: 978-85-232-0634-5

Número de páginas: 290

Formato: 15 x 21 cm

Ano: 2010

Preço do Livro: R$ 28,00

Data: 
sexta-feira, 28 Janeiro, 2011 - 18:30

Jornalismo de Campanha e a Constituição de 1988

Autor(a): 

O autor pesquisou o discurso da mídia na década de1988 a1998 e mostra como a imprensa mergulhou de cabeça na desconstrução da Constituição de 1988 e na implantação do projeto neoliberal no Brasil. O "jornalismo de campanha" definido por Emiliano José começa na Era Collor, assume a ideologia neoliberal, faz lobby por reformas antissociais, demoniza as empresas estatais e santifica as privatizações. É desta forma que o autor reconstrói a maneiracomofoi comunicada a época de grandes transformações no Brasil.

Imprensa e poder: ligações perigosas (2ª edição)

Autor(a): 

Editado em 1995, pela Edufba e pela Hucitec, editora paulista, este livro corresponde à dissertação de Mestrado defendida por Emiliano José, na Faculdade de Comunicação da UFBa, em 1994. Decifra as ligações perigosas entre jornalismo e política durante o período da CPI do PC e o processo do impeachment de Fernando Collor de Mello. Relata a campanha aberta a favor da candidatura Collor por vários órgãos de imprensa, particularmente pela revista Veja, e destaca o papel pioneiro de IstoÉ nas denúncias contra o mesmo Collor. Na pesquisa de Emiliano, a imprensa não se revela imparcial, mas sim como ator político, com posições determinada pela variação das conjunturas.

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