Neste livro é apresentada, através dos cardápios de um prisioneiro, uma reconstrução minuciosa da alimentação da Bahia no século XVIII. Nele, pela primeira vez, de forma constante, aparece o trinômio feijão, arroz e farinha, mistura que se tornaria a marca registrada não só da  cozinha baiana, mas nordestina e de grande parte do território nacional. É um livro que, através dos cardápios, sinaliza que não reproduzimos mecanicamente no Brasil a cozinha tradicional portuguesa, porém, sem a sua presença jamais criaríamos uma culinária brasileira tal como se consolidou, formada com adaptações, acréscimos e incorporações de outras culturas.  Portanto, se trata de um livro obrigatório para os estudiosos da culinária nacional, muito particularmente para aqueles que ainda só olham para a Bahia tendo em mente a “comida de azeite”.

Utilizando-se, principalmente, das Atas do Conselho Universitário e de dois veículos significativos da imprensa baiana, a obra de Maurício Brito investiga as dimensões da história do Movimento Estudantil (ME) registrado na Universidade Federal da Bahia (UFBA), ao longo de 1964 a 1969. No livro, o autor inova na pesquisa historiográfica ao apresentar, de forma pioneira, as repercussões, reações e acolhimento do golpe civil-militar no interior da UFBA. É abordada, notadamente, a reação de um segmento da sociedade baiana em relação às mudanças da ordem político-institucional resultante do movimento militar, bem como a reorganização do movimento estudantil universitário, suas alianças, embates e conflitos.

A obra reúne 18 trabalhos, entre artigos e capítulos de livros, que têm como objetivo registrar o percurso acadêmico-profissional da professora, pesquisadora e titular aposentada de Filologia Românica da UFBA, Dra. Célia Marques Telles, destacando seu compromisso e contribuições com a Filologia na Bahia e no Brasil. Especialmente, no que se refere ao estudo de fatos linguísticos e discursivos em textos de várias épocas e na prática de edição de textos para estudo de língua, literatura e cultura.

De que maneira o feminismo mudou a ciência? A produção científica permanece sendo uma área essencialmente masculina? Este livro reflete estas questões, preocupando-se com a “feminização” da ciência nas academias brasileiras. A obra apresenta artigos de várias pesquisadoras interessadas em ciências humanas e no feminismo, que tratam de temas como  a exclusão das mulheres na Medicina, a trajetória profissional feminina na Matemática e um enfoque interseccional sobre o perfil dos(as) estudantes dos cursos de Medicina no Nordeste e no Sul do Brasil.

Com o objetivo de estabelecer laços entre diferentes temáticas de trabalho vinculadas a linhas de pesquisa da Linguística Aplicada (LA) — as quais dialogam com a perspectiva intercultural — a obra reúne 12 estudos, escritos por alunos e ex-alunos dos grupos de pesquisa “Educação, linguagem e interculturalidade” e “Inglês como Língua Franca: crítica,atitude e identidade”. Os trabalhos selecionados destacam oito subáreas da LA cuja dimensão permite a construção de perspectivas ideológicas essenciais para a resolução dos problemas presentes no contexto da educação linguística contemporânea.

Este livro constitui uma importante colaboração para a preservação e multiplicação das informações obtidas em trabalhos comunitários, com o devido respeito às tradições da herança cultural africana na medicina do Brasil. A principal perspectiva da obra é a visão do homem como ser integral, respeitado em seu momento de fragilidade quando algum mal de origem psíquica ou somática lhe aflige.

Salvador, um dos maiores centros urbanos escravista desde o fim do século XVIII, torna-se-ia uma densa cidade negra, essencialmente africana. Neste livro, a autora estuda e relaciona dois eventos que projetaram sombra duradoura sobre os temas da escravidão e do racismo no século XIX: a lei de abolição do tráfico negreiro de 1831 e a repressão aos africanos libertos, que se dava através da aplicação de leis que tinham por objetivo controlar e punir a população africana da Província.  A obra faz uma análise do ponto de vista historiográfico a respeito da falta de garantia de direitos negados aos africanos libertos na Bahia imperial.