UFBA promove 25º Festival de Livros e Autores - 2º dia
A Universidade Federal da Bahia (UFBA) realiza nesta terça e quarta-feira (11 e 12, respectivamente), das 17h às 20h, o 25º Festival de Livros e Autores da UFBA. O evento acontece no pátio da Escola de Belas Artes da Universidade, no campus Canela, em Salvador. O festival promove o lançamento de 19 livros da Editora da UFBA, que estarão com preços promocionais. Além disso, o evento também conta com a presença dos autores e autoras das obras. Confira os lançamentos do segundo dia do 25º Festival.
A Casa do Velho: o significado da matéria no candomblé
A partir da pesquisa em dois terreiros de candomblé tradicionais do Recôncavo Baiano, a obra relata as noções e princípios que orientam a preservação dos aspectos materiais desses centros religiosos. Essenciais para a continuidade e existência dos terreiros de candomblé, o autor mostra como esses centros religiosos possuem uma dinâmica própria de preservação. E, por conseguinte, do que é restituível à destruição do tempo, que, no candomblé é também uma divindade. Com uma investigação pioneira, a obra contribuiu para a construção de uma nova teoria da preservação, apropriada e não subserviente às práticas europeias que, até hoje, ainda conduzem o olhar e as intervenções sobre esse patrimônio.
Avanços da Pesquisa em Imunologia na Bahia: 30 anos de contribuição do Programa de Pós-Graduação em Imunologia da UFBA
O livro reúne uma coletânea de textos, na qual os(as) autores(as) - docentes e pesquisadores(as) da Pós-Graduação em Imunologia da UFBA – fazem uma retrospectiva do estudo das diferentes linhas de pesquisa, tradicionais e mais recentemente implantadas, na área de Imunologia Básica ou Aplicada. A obra inclui avanços no entendimento da resposta imune a doenças infeccionas e parasitárias, de marcadores genéticos e reposta imune associada a processos fisiopatológicos da asma e atopia, além de tumores cerebrais gliais malignos e de doenças neurodegenerativas. Traz também uma reflexão sobre bioética e biossegurança, assim como o avanço no entendimento de possíveis alvos terapêuticos e desenvolvimento de fármacos.
Contar histórias em espaços formais e informais de aprendizagem
Resultado de estágio pós-doutoral realizado na Universidade Federal da Bahia (UFBA), a obra reflete a relação sempre estreita que há – ou pode vir a ter – entre a arte de contar histórias e a docência, seja ela em espaços formais ou informais de aprendizagem. O livro, a partir do olhar de quem aprendeu essa atividade ancestral, por meio de textos lúdicos e variados, também ensina o passo a passo para a formação de um(a) contador(a) de histórias, com dinâmicas e experiências do(a) aprendiz, tal como seus textos autorais.
Cultura do desenvolvimento: Vietnâ, Brasil e a não celebrada vanguarda da prosperidade
A história da instituição do desenvolvimento do Atlântico Norte tem sido manchada ao longo dos últimos 65 anos. As discussões da principal vertente dos estudos de desenvolvimento estagnaram em torno de uma ênfase estreita e acultural nas instituições ou no tamanho e no papel do governo. A obra Culturas do desenvolvimento usa uma comparação em contraponto realiza uma análise entre o Vietnã e o Brasil para mostrar a razão pela qual é fundamental que estudiosos e profissionais do desenvolvimento expandam sua conceituação de economia para incluir o aspecto sociocultural. Este livro, baseado em pesquisas etnográficas originais, dá uma nova vida aos estudos de desenvolvimento ao colocá-lo em diálogo com os estudos culturais, com o objetivo de aprimorar – ao invés de meramente criticar – as economias de mercado.
Direitos humanos em perspectiva: desafios jurídicos emancipatórios
O livro reúne estudos produzidos após debates da disciplina Direitos Humanos e Direitos Fundamentais, do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal da Bahia (Mestrado e Doutorado).Agrupada em quatro partes – “Direitos humanos sob uma perspectiva teórico crítica”, “Direitos humanos e povos tradicionais”, “Direitos humanos e o sistema penal” e “Violações a direitos humanos” –, a obra dialoga acerca da temática dos direitos humanos no século XXI, com crítica ao modelo da modernidade/colonialidade e em meio a retrocessos de direitos sociais e ambientais, tal como conservadorismo político questões socioculturais e as diversas formas de racismo.
Iconografia Musical na América Latina: discursos e narrativas entre olhares e escutas (E-book)
O livro – com caráter fundamentalmente bilíngue, em castelhano e português – reúne 16 trabalhos oriundos dos cinco países mais representativos no que diz respeito à produção técnica e científica em torno da iconografia musical em América Latina. Assim, com fortes raízes culturais comuns, os autores expõem diversos aspectos da produção iconográfica musical que permitirão ao leitor ter uma visão da complexidade e riqueza da cultura visual e musical latino-americana. Por isso, o objetivo do livro não é apenas divulgar a produção científica da iconografia, mas também estimular o interesse do público pelo patrimônio iconográfico musical a fim de buscar sua preservação e conservação.
Mapas, traçados e tranças: a sabedoria de um povo chamado Nagô
Este livro infantil revela a sabedoria do povo Nagô e sua estratégia para usar as tranças como meio de libertação da escravidão. É a primeira obra de uma série que tem como principal objetivo resgatar histórias desconhecidas do povo africano no decorrer da sua trajetória pelo Brasil. Trata-se de uma leitura que encanta tanto crianças quanto adultos(as).
Marcadores da diferença: raça e racismo na história do Brasil
O livro investiga a história de homens e mulheres não brancos, anônimos ou bem conhecidos, que sofreram as agruras de viver em uma sociedade definida pelo racismo. A obra pretende promover um debate sobre o tema da raça e do racismo a partir da perspectiva da história social. Focalizados em diferentes personagens, os textos revelam de que forma, ao longo do processo histórico, os problemas e relacionados ao racismo foram enfrentados em seus múltiplos sentidos, observando como diferentes marcas da cor, inscritas em diversas realidades e aspectos, produziam (e ainda produzem) distinções sociais, gerando essa violenta forma de opressão que subsiste, surpreendentemente, com tanta força no nosso país.
Ruth Landes e a Cidade das Mulheres: uma releitura da antropologia do candomblé
Por meio de fontes primárias, como cartas pessoais, fotos e manuscritos encontrados em arquivos nos EUA e no Brasil, este livro trata da experiência de campo e dos debates relacionados à antropóloga norte-americana Ruth Landes nos candomblés da Bahia entre 1938 a 1939. É uma reflexão feminista na história da antropologia sobre as metodologias e os desafios enfrentados pela antropóloga no campo dos estudos afro- americanos. A obra relata o relacionamento entre Ruth e o etnógrafo baiano Edison Carneiro, bem como suas dinâmicas devido às circunstâncias históricas e às políticas de raça e gênero da época. Além disso, oferece uma análise das fontes primárias que retratam mulheres importantes na história do candomblé soteropolitano para uma releitura do conceito do matriarcado na antropologia.